Segregado
do ônibus, nau ilhada em si mesma,
a todos
fazia festa e com muitos conversava.
Estava
só.
Suas
palavras rodopiaram giratórias no eco da rua
sem
intensidade para chegar ao ouvido de quem passava,
e nem
força para se manter entre os que esperavam o ônibus sair.
Tirou o
metro da bolsa e disse:
- Vou
medir quantos metros quadrados tem essa praça.
E
acrescentou:
- Mas
essa praça não é quadrada.
Nós é que
somos quadrados, seu moço.
Sem
curvas.
Só quinas,
cantos e ângulos retos, seu moço.
2008
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